domingo, 7 de setembro de 2008

EPOCA DA INOCENCIA

O filme foi laureado, na categoria de Melhor Figurino, para Gabriella Pescucci.
Recebeu ainda outras quatro indicações, nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Winona Ryder), Melhor Roteiro Adaptado (Martin Scorsese e Jay Cocks), Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora.
Elenco principal: Daniel Day-Lewis, Michelle Pfiffer, Winona Ryder

1) A história do filme nos mostra uma critica clara a burguesia de nova York, uma drama na década de 1870, fim do século XIX, revela mentiras fachada de felicidade, que muitas vezes escondia problemas pessoais, familiares e profissionais, tudo como aparência.
A Época da Inocência mostra a união de duas famílias tradicionais nova-iorquinas que vão se casar dentro de um ano entre Newland Archer com a doce May Welland, da alta sociedade.
Relata a condessa Ellen Olenska, onde ao se afastar do seu marido, volta para Nova York a fim de cuidar do divorcio. E ao encontra sua prima May, que sabe do ocorrido e pede para seu noivo Archer tomar conta da separação.
No filme a burguesia esta sofrendo com as aparências com o ideal moral, contenção e moderação estavam entrando em choque com a realidade de fartura econômica.
Muitos nortes americanos ganhavam tanto dinheiro e tão rápido e acumulavam riqueza por si só como mostra a ética.
Deste modo, a burguesia passou a buscar o estilo de vida da antiga da aristocracia dos nobres europeus. Os costumes se refletiam em relaxar em sua casa de campo, praticando esportes em grandes clubes, ou freqüentando o teatro, concertos e operas, mostrado no inicio do filme.
Mas a principal forma que os burgueses encontraram para mostrar seu status, através de sua casa, maguinifica, luxuosa e adornada.
Em suas casas eles podiam viver mantendo ilusões de uma alegria que vai passando de família para família, também todos os problemas e contradições na sociedade em esquecidos ou eliminados artificialmente. No filme mostrou, outra condessa que em sua casa deixa fechado seu salão de baile durante 364 dias do ano, abrindo somente uma vez para a sociedade convidada.
As mobílias luxuosas eram mostradas e exibidas durante jantares, que eram verdadeiros banquetes, onde no filme mostram por varias vezes escolhendo talheres e louça cardápios e tudo mostrado com detalhes para serem apreciados.
Em um deles Archer foi convidado pelo pai de sua noiva e aos membros da alta sociedade. É preciso entender que nessa residência a vida privada era quase inseparável da publica, pois a função era política e diplomática e cada gesto era calculado para se adequarem as normas de etiquetas e educação, a serem conquistados contatos e influencias.
Sua noiva May segue como padrão de moral, sendo exigida que sejam virgem, e solteira para se casar, já as mulheres casadas tinham que ser fieis e submissas numa estrutura patriarcal.



A condessa Olenska era como se fosse uma mulher diferente que procurava quebrar esses padrões morais da época procurando o divorcio para sua independência e liberdade.
Mas a alta sociedade não aprova e condena se isto ocorrer. Ser casada era uma honra, uma tradição, a mulher divorciada era mal vista.
Com o andamento do caso, a atração de Archer vai aumentando, marcando encontros, escondidos, porem a reputação da condessa que era mais comprometida, com isso ela resolve se afastar, antes do casamento da prima, foram muitos encontros e desencontros, veio à lua de mel em Paris, passou-se algum tempo depois, ele reencontra a condessa, com isso resolve dar um tempo na relação com sua esposa e viajar. E é quando sua esposa chegando de um concerto diz que espera um filho.
Ele guarda a chave do encontro e com muita tristeza, aceita o que a esposa lhe diz.
Deste modo passou o tempo os filhos cresceram, as aparências continuaram, e veio a falecer a sua esposa com uma doença. O filho mais velho formado em advocacia escutou o que a mãe lhe disse no leito de morte e explicou ao seu pai tudo que fora dito e que a sua esposa não deixou transparecer, mesmo sabendo que seu marido tinha uma pessoa que a amou, e quem era.
Foi marcado um encontro mas no ultimo momento ele já não quis mais.
Fim.

2) Analise do figurino.

A principio foi visto no concerto muitos da alta sociedade, homens separados de mulheres;
Mulheres com muitas jóias gargantilhas e vestido volumosos, decotes bem composto mostrando somente os ombros, como acabamento de alguns vestidos tinha uma espécie de gola, era grande e levantada, nascia nos ombros, contornava a nuca e ficava afastada do pescoço, foi muito usada em vestidos de baile da época.
Tira comprida e larga de tecido usada em torno da cintura ou dos quadris. No século XIX, faixas de tecidos luxuosos eram usadas na cintura de VESTIDOS DE BAILE. No século XX, vem sendo empregada de maneira formal e informal, tanto na cintura quanto nos quadris.
E é um sapato fechado, com salto baixo ou médio e uma linha que se afina em direção ao bico. É muito usado desde seu lançamento, embora a cada década a moda dite o tipo e altura do salto
o escarpim.
A silhueta em S entrou em moda. Era obtida graças a roupas íntimas apertadas, formando um busto grande, projetado para a frente, e uma cintura achatada e fina; nas costas, em contrapartida, as nádegas ficavam projetadas para trás, culminando em saias rodadas e fluidas. Em geral franzidas e elevadas sobre uma ANQUINHA. O artifício que criava essa silhueta era um ESPARTILHO, cortado para ser usado sobre a parte inferior do busto e estendido sobre os quadris. Quando bem apertado, estreitava a cintura e projetava o busto e as nádegas. Foi usado até o início da década de 1900.



Para o dia usavam Spencer - Tendo surgido na Inglaterra no século XVIII, o spencer era um casaquinho masculino curto, que ia até a cintura e tinha abotoamento simples ou duplo. No início do século XIX, foi adaptado às mulheres, ou como um casaquinho curto que terminava logo abaixo do busto, usado ao ar livre; ou como um casaquinho para a noite, usado dentro de casa, sobre um vestido. Era decotado, podendo ter mangas ou não. No final do século XIX, o spencer evoluiu para uma peça sem mangas, de lã ou flanela, geralmente usada como agasalho sob um paletó ou casaco.
Tailleur - Costume composto de casaco e saia que se tornou popular a partir da segunda metade do século XIX.
Luvas sempre para compor um modelo, de cores diferente, de tecidos diversos e ate de renda.
Chapéu combinado com a ocasião, somente usado do lado de fora
Véus de tule ou de renda presos ao CHAPÉU DE PALA foram muito usados em todo o século XIX. Mais para o final do período com o advento do automobilismo, os véus eram usados sobre um chapéu e amarrados sob o queixo, caindo sobre as costas, funcionando como guarda pó. Algumas versões possuíam uma abertura para os olhos. Na década de 1890, véus salpicados com POÁS de chenille estiveram em voga. Pesados véus de luto, de crepe, foram usados durante todo o século XIX. No século XX, foram gradativamente abandonados, embora véus curtos que cobriam apenas os olhos e metade do rosto continuassem populares até a década de 40. A moda de véus brancos e longos para noivas perdura desde o século XIX.
Os guarda-sóis começaram a ser usados como acessórios funcionais e elegantes. No século XVIII, eram muito enfeitados e, às vezes, adornados com renda dourada. Nos séculos XVIII e XIX, vários guarda-sóis possuíam cabos de marfim trabalhados e forros de seda, com franjas e babadinhos. Foram raramente usados após a Primeira Guerra.
A princípio, utilizava-se o guarda-chuva como proteção contra chuva e sol, indistintamente. No século XVI, era feito de couro e, depois, de tecidos cada vez mais leves, até surgirem as sombrinhas de renda macia e de tule, no século XIX. Nessa época, fez-se distinção entre o GUARDA-SOL, peça leve usada pelas mulheres, e o guarda-chuva, peça mais resistente usada por homens e mulheres. No final do século XIX, sombrinhas leves, especialmente criadas para as mulheres, começaram a aparecer. Em geral, são peças funcionais; mas em certas épocas, quando feitas com cabos entalhados ou adornados, tornaram-se um acessório mais importante e foram produzidas em cores alegres.
Bolsa - Saco levado na mão, de qualquer formato, tamanho ou material, seguindo as tendências da moda. Tem os lados achatados ou arredondados (sendo fechada em cima com ZÍPER ou fecho de pressão), reforços internos e bolsos do lado de fora e dentro. Do latim bursa, as primeiras bolsas foram as RETICULES dos séculos XVIII e XIX.










Em meados da década de 1850, as viagens criaram a demanda de bolsas que pudesse ser carregadas na mão e fossem espaçosas e resistentes o bastante para levar artigos pessoais. Mais para o final do século, CARTEIRAS pequenas e finas entraram em moda, seguidas por bolsas enormes, que foram motivo de muita zombaria. As despojadas roupas do início do século XX deixavam pouco ou nenhum espaço para carregar objetos grandes, e desde aquela época as bolsas tornaram-se importante acessório de moda. Toda década presencia novas formas e estilos, e o desenho de bolsas, como o de outros acessórios, é influenciado por movimentos artísticos.
Em uma das senas a condessa Oleska estava na casa de campo e usava uma sobrecasaca com gola de pele formas, mas basicamente era uma casaco que tinha mangas compridas, que chegava aos joelhos.
Nas saias eram usadas na parte de trás Anquinhas, que eram enchimentos de cortiças, penas ou outro estofo usado sob a saia e preso às costas sob a linha da cintura, servindo de base sobre a qual o tecido da saia é pregueado ou drapeado. A anquinha proporcionou o formato da saia predominante nas décadas de 1860 e 1870. Também era usada sob saia uma cesta de madeira, aço ou barbatana de baleia amarrada na cintura e vergada sobre os quadris. Algumas anquinhas eram feitas de molas metálicas.
O leque dobrável chegou à Europa graças ao comércio com o Oriente no final do século XV ou início do século XVI. Atingiu o ápice da popularidade e elegância no século XVIII, quando muitos leques eram pintados à mão e mostravam figuras mitológicas e bíblicas, bem como pássaros, animais e flores em cenas pastorais. No século XIX, a estamparia sucedeu à pintura, e lançaram-se muitos leques comemorativos. Perderam a popularidade depois da virada do século XX. Eram feitos de sândalo, marfim, madrepérola e CASCO DE TARTARUGA; as varetas recobriam-se de PLUMAS, peles de animais, seda, papel e renda. Os leques eram usados tanto de dia quanto à noite, embora, na segunda metade do século XIX, tenham sido mais comuns à noite.



















O homem nos eventos como concerto e baile usava um Smoking - Originalmente um paletó de seda, veludo ou brocado, adornado com botões, que os homens usavam para fumar em casa ou reuniões íntimas na segunda metade do século XIX. No final do período já havia se transformado num paletó formal, de noite, em tecido preto ou azul escuro. Por volta dos anos 20, transformou-se num jaquetão toalete. Usava-se com uma flor no bolso superior lado esquerdo.
Usava-se uma tira fina em volta do pescoço como uma gravata para segurar o colarinho e passou também por uma tira larga usada em volta do pescoço e drapejada ou entrelaçada com esmero sobre o peito, usada pelos homens nos séculos XVIII e XIX. A versão estreita, geralmente usada sob o colarinho de uma camisa, desenvolveu-se no final do século XIX, sendo peça essencial do traje formal masculino desde então.
Luvas para se proteger do frio e quando entravam em bailes deixava-se na entrada com os criados e davam-lhe outra para ser usada durante o baile geralmente pelo homem na cor branca, porem no lado de fora usavam luvas de couto e veludos.
Sempre usavam chapéus fora de lugares fechados, para se proteger do frio e para compor um traje, tanto de dia quanto a noite.
Usava relógio com uma corrente pendurada no bolso.
Por baixo do paletó usava-se um colete. Tendo surgido na Inglaterra no século XVIII, o spencer era um casaquinho masculino curto, que ia até a cintura e tinha abotoamento simples ou duplo, também eram usados com um colete por baixo.
Camisas com abotoaduras e os ternos tinham três botões nas mangas.
Usou-se no filme um tipo de sobre casaco com gola de animal, para o masculino também.
As Calças eram peça externa que cobre o corpo desde a cintura até os tornozelos, com duas partes separadas envolvendo as pernas. De uma forma ou de outra, as calças vêm sendo usadas pelo homem desde a Antiguidade. Os calções do início do século XIX, os KNICKERBOCKERS e as pantalonas são os parente mais próximos das calças modernas. Calças retas que iam até os tornozelos começaram a surgir no início da década de 1800, mas apenas no final do século XIX foram consideradas uma vestimenta aceitável para homens. Na mesma época, calças para a noite, em tecidos esmerados, entraram em moda, e os homens vestiram OXFORD BAGS de pernas largas. Todas usadas em ocasiões informais.
No final o ator usava um, Casaco à prova de água que foi sendo desenvolvido no decorer do século XIX. Em 1823, o químico escocês Charles MACINTOSH patenteou um tecido de lã impermeável. Dezesseis anos depois, Charles Goodyear, dos Estados Unidos, lançou a borracha vulcanizada. Joseph Mandleburg, de Lancashire, Inglaterra, resolveu o problema do cheiro de borracha nos tecidos de lã à prova de água e, em 1851, lançou o primeiro casaco impermeável sem odor. Os primeiros modelos do final do século XIX eram peças volumosas, que iam do pescoço aos tornozelos e destinavam-se a manter a pessoa completamente seca. No século XX, a moda adaptou o mackintosh para diversos modelos, inclusive o TRENCHCOAT civil e a CAPA DE CHUVA. Misturas de algodão e (mais adiante no século) misturas sintéticas foram usadas para fazer casacos impermeáveis. Também conhecido como mac. Ver também BURBERRY.
E também uma bengala.



Bibliografia:
REVISTA VOGUE/ de julho de 2007 / especial com Winona Ryder/ na capa
Site / www.ocisco.net.
O IMPERIO DO EFÊMERO/ A moda e seu destino nas sociedades modernas/A moda e o Ocidente: o momento aristocrático.

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