INDUSTRIALIZAÇÃO

A INDUSTRIALIZAÇÃO DA MODA

O hábito de cobrir o corpo, o ser humano encontrou soluções que lhe satisfizeram, fossem elas técnicas ou estéticas.
Podemos começar no Pré-História, que foi inventado o tear. Na Idade Média, começou a se produzir têxteis de forma manual e limitava-se a comercializá-los para a elaboração, também manual das roupas. Os alfaiates eram responsáveis pela produção dessas roupas, fosse para o dia-a-dia, para os uniformes, ou aquelas mais sofisticadas para a classe alta.
A agulha, surgiu na Pré-História, primeiro de osso depois de metal. A tesoura, apareceu por volta de 700 a.C., na Grécia. A agulha de aço surgiu na Alemanha no século XIV; a prensa de cobre pra a estamparia, na França, no século XVIII. Também na França, no mesmo século, Joseph-Marie Jacquard, inventou uma máquina que posteriormente, foi aperfeiçoada para facilitar a fabricação de tecidos com padronagens ornamentais. Essa máquina e o tecido, receberam seu próprio nome, Jacquard.
Em 1790, Thomas Saint patenteia uma máquina de costura própria para a elaboração de trabalhos em couro. E, 1814, John Adams Dodge e John Knowles, projetaram e construíram a primeira máquina de costura nos Estados Unidos, entretanto, não foi patenteada. Só em 1830, na França, surgiu a primeira patente de máquina de costura, com o alfaiate Barthélemy Thimonnier.
Foi a Cia. Singer, em 1889, que adaptou um motor elétrico às máquinas de costura.
Duas grandes outras invenções vieram da França: a fita métrica (1847) e o busto manequim (1849), ambos inventados por Alex Lavigne que, fundou em Paris, a escola para costureiras “Guerre-Lavigne”, queé a mais antiga escola para o setor do vestuário, ainda em plena atividade. Em 1974, essa mesma escola mudou de nome, tornando-se a ESMOD.
Com as máquinas de costura, surgiram as primeiras confecções de roupa em série, que produziam uniformes e roupas de trabalho.
A alta-costura, surgiu na França com o inglês Charles Frederick Worth, na década de 1850.
Marcel Boussac, com sua visão comercial, em 1918, com o término da primeira Guerra Mundial, comprou grande quantidade de tecido de algodão, que era usado para o fabrico de pára-quedas e aviões de madeira, para a fabricação em série de pijamas, camisas e capa de chuva.
Depois da segunda Guerra Mundial, a alta-costura francesa retornou sua posição de prestígio e de difusora da moda.Os americanos inventaram ready-to-wear, que os franceses assimilaram e transformaram em “prêt-à-porter”, foi uma espécie de democratização da moda, que muito contribuiu para o desenvolvimento da indústria do vestuário.
Nos anos 80 e 90, horizontes abriram-se também para o Oriente com o denominado “tigres asiáticos”, não só com seus criadores de moda, mas, especialmente, com suas avançadíssimas tecnologias têxteis de última geração, vindas predominantemente do Japão, Coréia e, também da China, democratizando a moda nos quatro cantos do mundo com seus produtos de qualidade, em grande quantidade e a preços muitos acessíveis.
Não podemos deixar de citar a informática associada a moda, que facilita em técnica e produção, por extensão, a comercialização de grandes volumesde têxteis confeccionados.